Redaçao para Enem
A Aids não é mais a mesma? Por que diminuiu o medo da doença?
Em 1989, quando o cantor Cazuza assumiu estar com Aids, o Brasil ainda não sabia muita coisa sobre a doença. Assustada, a população precisou discutir abertamente assuntos como fidelidade, comportamentos sexuais, drogas, transfusão de sangue, e tomar atitudes de precaução contra o mal que destruía famosos e anônimos por todo o mundo. Com o passar dos anos, as discussões sobre Aids perderam o destaque, em parte pelo surgimento de drogas que prolongam a vida dos doentes, em parte pelo distanciamento temporal entre a juventude atual e as primeiras vítimas fatais. Hoje, o governo declara que a situação está estabilizada, mas a cada ano, cerca de 35 mil brasileiros se infectam. Estima-se que, no país, haja mais de 600 mil infectados, dos quais cerca de 230 mil não sabem, ainda, que são soropositivos. Apesar disso, muitos jovens descuidam-se, principalmente em relação às práticas sexuais desprotegidas, pois declaram não ter medo da Aids. Como entender esse comportamento? O que falta à população para entender os riscos que essa doença ainda representa?
REDAÇÃO: Joias perdidas em silêncio
"Ideologia", "O tempo não pára [para] " e "Exagerado" são algumas das músicas que eternizaram o cantor brasileiro Cazuza. Outros artistas como Renato Russo e Freddie Mercury também são ídolos até hoje. O que eles possuem em comum? O fato de terem adquirido a Aids, uma doença viral que atinge 600 mil pessoas no Brasil. Esta [Brasil, mas que] vem sendo esquecida nos últimos anos devido à mídia, aos próprios jovens e ao governo.
Os meios de comunicação em [de] massa, em especial a televisão, são responsáveis por esta [essa] situação quando não a abordam de maneira satisfatória. Percebe-se, nesse caso, o pouco espaço dedicado à discussão do tema, visto que muitas vezes o sexo gratuito, banal e despreocupado recebe destaque em programas, em detrimento da relação segura e respeitosa, com o uso de