Uma incógnita chamada transgênicos A discussão acerca dos transgênicos não é tão recente, mas nem por isso deve ser menosprezada. Devido aos avanços científicos e tecnológicos, o ser humano tornou-se capaz de criar organismos geneticamente modificados com diversas finalidades. Embora, diariamente, consumamos diversos produtos transgênicos, sem considerar os danos que eles podem causar, críticos dessa prática alertam para os riscos que esses produtos podem trazer à saúde do indivíduo e do meio ambiente. Assim como toda evolução tecnológica, a produção desses organismos traz conseqüências positivas e negativas. Devemos, então, nos informar sobre o que estamos consumindo, verdadeiramente. Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que a transgênese não se limita à produção agrícola. Essa prática está associada também à criação de animais resistentes a doenças, à produção de remédios e às pesquisas que buscam a cura de enfermidades como a AIDS. É necessário esclarecer, também, que os organismos geneticamente modificados são resultado de um cruzamento improvável, ou seja, que não aconteceriam de formas naturais. Por isso, fica óbvio que a utilização desses organismos é um tema bem controverso. Por um lado, os defensores afirmam que os alimentos geneticamente modificados são mais produtivos e resistentes e, por isso, melhoram a vida dos agricultores. Há ainda os que vão mais além: dizem que a produção dos transgênicos seria uma forma de diminuir o problema mundial da fome, pois a produção pode ocorrer em maior escala. No âmbito das epidemias, a engenharia genética também é útil, pois pode modificar, por exemplo, um mosquito transmissor da dengue, para que ele não seja capaz de procriar. Por outro lado, a vertente contrária frisa não só as questões de saúde, como, também, as questões éticas, questionando até aonde deve ir o direito dos humanos de alterar a natureza. Algumas evidências já foram identificadas, como o fato de o material genético