Recursos Hídricos
A intensa escassez de água no semiárido nordestino está ligada à baixa pluviosidade e irregularidade das chuvas na região, resultando em secas periódicas de médias e longas durações; e ainda, também pelo lado geológico, a estrutura cristalina do solo não facilita um satisfatório acúmulo de água no subsolo. Uma grande quantidade de água ainda pode apresentar alta salinidade, o que dificulta ainda mais, pois é inapropriada para o consumo humano. A utilização de dessalinizadores tem sido uma prática bastante difundida pelos governos estaduais, no sentido de melhorar a qualidade das águas de subsolo, principalmente aquelas oriundas de poços tubulares e amazonas, as quais, devido a alta salinidade, apresentam pouca serventia para o consumo humano. Algumas questões, no entanto, precisam ser levadas em consideração quando o assunto diz respeito ao uso das águas dessas fontes para fins de potabilidade. (FUNDAJ) As inovações tecnológicas e a pesquisa são indispensáveis para enfrentar os desafios presentes e do futuro da sociedade quanto à disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos, visto a ampliação dos conflitos entre os usuários com consequência da vulnerabilidade que se apresenta nos sistemas hídricos da maioria dos países e nações. No caso das regiões semiáridas a situação se agrava com as expectativas crescentes dos efeitos do clima, associados à reduzida disponibilidade, seja quantitativa ou qualitativa, de água superficial e subterrânea. (INSA/GOV)
2. DESENVOLVIMENTO
Sua precipitação anual média oscila entre 500 e 850 mm com uma distribuição anual muito irregular, mais de 70% das chuvas são concentradas no quadrimestre janeiro – abril; sua evaporação potencial anual média varia de 2.100 a 2.600 mm, com seu solo geralmente raso sobre embasamento cristalino (Gaiser et al., 2003; Güntner & Bronstert, 2004) e seus rios principais são intermitentes, assim chamados os rio que tem duração somente em períodos de chuvas e cheias,