Recursos humanos
Até que ponto o ser humano é capaz de prejudicar toda uma nação em troca de elevados lucros? Como a moral e a ética de um indivíduo podem ser influenciadas facilmente por um determinado grupo social? O que uma pessoa é capaz de fazer para prejudicar seu semelhante em troca de dinheiro? Como é possível articular tantas empresas, governo e instituições financeiras por tanto tempo?
Foi a ganância que levou a ENRON ao sucesso e posteriormente a ruína. A falta de escrúpulos de algumas pessoas aliada a fragilidades na legislação foram os principais ingredientes de uma história que se tornou lenda no mundo corporativo moderno.
A ENRON foi uma empresa norte-americana fundada em 1985, através da fusão das empresas Houston Natural Gás, e seu principal negócio era o mercado de gás natural e distribuição de eletricidade. Chegou a empregar aproximadamente 30.000 pessoas, e foi considerada uma das maiores empresas do mundo em distribuição de energia.
A soma destes fatores, aliadas ao nível de credibilidade que a ENRON possuía perante o mercado, devido as suas relações com governo e grandes instituições financeiras, além do parecer da então conceituada empresa de auditoria Arthur Andersen, causavam uma onda de otimismo nos investidores.
Todos viam as ações da ENRON como uma excelente oportunidade de investimento, levando fundos de pensão, pequenos e grandes investidores a adquirirem seus papéis. O modelo de gestão adotado pela ENRON fascinava pela lucratividade e inovação.
A ENRON teve seus resultados contábeis alterados se utilizando de uma prática chamada marcação a mercado, onde o valor de retorno dos projetos era contabilizado pelo resultado futuro esperado, quando na realidade muitos projetos jamais saíram do papel, deram prejuízos ou então lucros muito inferiores aos previstos e registrados.
Para atingir seus resultados e manter suas ações em alta a referida organização se utilizou de uma série de empresas criadas