Recursos humanos
Denise Asnis*
*Gerente de Treinamento da Natura
Desde a sua criação, em 1969, a Natura, principal empresa de cosméticos brasileira, cultiva a crença de que a educação é base para o desenvolvimento sustentável dos negócios. Suas ações de educação foram mudando ao longo do tempo. Do treinamento tradicional, voltado para suprir as deficiências do sistema de ensino brasileiro e as necessidades do próprio negócio (treinar pessoas no desenvolvimento de habilidades para o trabalho), evoluiu para o conceito de educação corporativa. Com a recente criação da área Educação Corporativa Natura (ECN), a paisagem educacional da empresa adquiriu novos contornos e passou a incorporar todos os públicos interessados – colaboradores, familiares, Consultoras, fornecedores, as comunidades de Cajamar e Itapecerica da Serra (SP) e o consumidor final. Vista de uma perspectiva de sustentabilidade, a ECN incorpora mudanças significativas – abordadas por Stephen Sterling1 –, que são baseadas nos conceitos de: • • • • • • • Aprendizado (em detrimento de ensinamento) Habilidades para a vida e “aprendizado para toda a vida” Assuntos híbridos e multidisciplinares Tecnologia da informação como aprendizado e instrumento de entrega Aprendizado presencial e a distância Organização que aprende Reconhecimento da natureza transitória do conhecimento
Quando se fala em Educação Corporativa, remete-se à necessidade de imprimir maior flexibilidade ao aprendizado e à educação, de preparar para a revolução da informação, de aprender por toda a vida, de aprender por aprender e assim por diante. Substitui-se a rigidez e a hierarquia do treinamento tradicional por estruturas de aprendizado mais eficientes, em que a pergunta permanente deve ser “O que vale a pena saber?”.
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Sustainable Education – Re-visioning Learning and Change, 2001, Green Books for The Schumacher Briefings
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Na Natura, o papel da Educação Corporativa é desenvolver competências