Recursos humanos
As empresas brasileiras despertaram, nos últimos anos, para a modernização de suas estruturas. Essa transformação vem ocorrendo, de forma incisiva a partir da abertura do mercado brasileiro, no início da década de 1990, no governo Collor. Com isso, as empresas passaram a vivenciar um jogo irreversível de abertura comercial, privatização, desregulamentação de inúmeras atividades econômicas, aquisições maciças de empresas nacionais por grupos comerciais, além de um forte movimento de fusões empresariais. A tudo isso, soma-se a paulatina integração do país ao mercado global e ao bloco dos países do hemisfério sul-americano. Nesse contexto de profundas mudanças na forma de gestão empresarial, para que a empresa se torne competitiva é necessário ter, reter e contratar colaboradores competentes. Diante deste novo cenário, conceitos como tecnologia, desafios, inovação, talentos, competitividade, competência, valores, flexibilidade, passaram a ocupar o centro de discussões no setor empresarial, mais especificamente no setor de Recursos Humanos (área hoje denominada Gestão de Pessoas).
1 O PAPEL DOS RECURSOS HUMANOS NESTE NOVO CENÁRIO COMPETITIVO
Por conta dessas transformações, há uma mudança no modo de empresariar e de produzir do capitalista dessa nova era, conforme será exposto na sequência deste trabalho. Ao setor de Gestão de Pessoas cabe o desafio de traduzir em políticas esses interesses, muitas vezes, conflitantes. As empresas, por sua vez, passam a desenvolver, investir e a capacitar pessoas, pois percebem a importância de se ter uma política agressiva de Recursos Humanos, ou seja, uma política em que importa atrair e reter talentos, a fim de melhor atender aos objetivos capitalistas nesse cenário global e turbulento. Configuração essa em que a competência virou “moeda de troca” e o novo ator, o trabalhador, passou a ser fonte de “vantagem competitiva”, aproximando-se de um “produto”. Disso decorre que os trabalhadores, da nova era em