Recursos humanos
A avaliação é da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que divulgou ontem, como prévia para o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, um estudo mostrando algumas das características do segmento, especialmente concentrado na realidade dos trabalhadores que atuam nos canteiros de obras.
Tendo por base levantamentos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério do Trabalho, o estudo da Cbic mostra que, além do aumento da escolaridade dos funcionários do setor, há uma “crescente melhoria das condições de trabalho” e da formalização dos empregos.
Segundo a Cbic, são os próprios empregadores que estão incentivando o estudo de seus funcionários, inclusive instalando bibliotecas e salas de aula dentro dos espaços das construções. Dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, mostram que, em 2002, 63,6% dos trabalhadores da construção civil sequer haviam concluído o ensino fundamental, tendo menos de oito anos de estudo. E apenas 36,1% tinham conseguido chegar ao ensino médio.
Já em 2010, o percentual de trabalhadores que estudaram mais de oito anos subiu para 47,8%, e cerca de 26,6% dos funcionários empregados no setor – o que representa 442,8 mil profissionais – têm mais de 11 anos de estudo. Em 2002, eram apenas 256,3 mil trabalhadores (ou 19%) com esse perfil. De acordo com a Cbic, em 2002, 8% (107,9 mil) tinham frequentado a escola pelo período máximo de um ano. Segundo a pesquisa mais recente, este índice caiu para 5% em 2010. Este percentual equivale a 83,2 mil pessoas. A maior escolaridade, afirma o estudo, veio acompanhada de salários cada vez maiores.
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