Recursos humanos estudo de caso
A alemã Judith Mair ficou conhecida no mundo todo pelo modelo de gestão que adotou para sua agência de design e comunicação, a Mair und Andere (Mair e Outros), sediada na Alemanha.
Esse modelo de gestão foi uma crítica ferrenha as teorias correntes sobre gestão de pessoas e foi apresentado no best-seller Schluss mit Lustig (publicado no Brasil com o título Chega de oba-oba), lançado dois anos depois da fundação da agência, em 2002.
Na Mair und Andere, Judith implantou um relacionamento formal e estritamente profissional entre as pessoas e o trabalho e estabeleceu regras rígidas para o comportamento individual. Um exemplo disso ‚ a frase exposta logo na entrada da agência: "Aqui não é lugar para quem pensa que trabalho bom ‚ o que d prazer". Também na decoração não é espaço para manifestações individuais, pois não são permitidos quadros nas paredes nem fotos ou objetos pessoais sobre as mesas.
Judith, suas sócias e os funcionários tratam-se pelo sobrenome, e uma hierarquia definida na agência. Ela diz que não quer que a empresa tenha um clima acolhedor porque, afinal de contas, não a casa das pessoas. Todos devem usar uniforme: ternos azuis em reuniões com clientes e abrigos esportivos cinza e azul no escritório. Os horários de trabalho devem ser cumpridos a risca, das 9 às 18h. Não são atendidos telefonemas após o expediente e ‚ proibido o trabalho nos fins de semana.
Também não‚ permitido levar trabalho para casa. Na seleção de funcionários, em caso de igualdade de qualificação, as mulheres têm prioridade. Dentro da agência os funcionários não devem se relacionar como amigos, mas como colegas ou chefes e subordinados. Durante o expediente não devem ser discutidos problemas particulares e não são permitidos telefones celulares ligados no horário de trabalho - os funcionários devem aproveitar o horário de almoço para dar telefonemas ou enviar e-mails particulares. Em diversas entrevistas, ela abordou esses e