Recuperação de superfícies inoxidáveis através da decapagem e passivação química.
Adayr Borro Junior 1, Clemens de Souza Fein 2
1.
Doutor em Eng ª de Materiais, Profesor da Univ. Presbiteriana Mackenzie, Consultor Técnico da InoxTubos S.A. e da Mecanochemie Ind. Químicas Ltda
2.
Diretor Superintendente da Mecanochemie Ind. Químicas Ltda.
Aços Inoxidáveis em geral , ao contrário dos demais aços, permanecem com consumo crescente no mundo. Dentre as prováveis razões, destaca-se a diminuição dos custos de elementos de liga presentes nos inoxidáveis, a maior produtividade das aciarias especiais, as campanhas mundiais de incentivo a estes materiais valorizando seu apelo estético, higiene, durabilidade e nobreza.
Aços são definidos como ligas ferro–carbono (Fe - C). Os inoxidáveis representam uma das inúmeras famílias dos aços, os quais, além de Fe e C, contém em sua composição química, no mínimo 11 % de Cr, o que lhe confere elevada resistência à corrosão. O Cr presente no aço, nestas proporções, ao entrar em contato com o ar, reage instantaneamente com o oxigênio, formando uma fina, contínua e protetora camada de óxido de cromo em toda a superfície do aço, protegendo o mesmo contra ataques corrosivos do meio exposto. Tal película é denominada camada passível, apresentando uma espessura ínfima da ordem de 50 Å (50 x 10-10 m), sendo estável e invisível. Tal camada se adere ao aço, protegendo-o de ataques externos, onde, de uma maneira geral, tal proteção é proporcional à quantidade de cromo contido no aço e à oferta de oxigênio presente na superfície do mesmo. A grande vantagem dos aços inoxidáveis reside no fato da camada passiva ser um revestimento natural de caráter auto-regenerativo, isto é, quando a superfície de um inoxidável é danificada por um risco ou arranhão, na presença de oxigênio, a mesma se refaz em milésimos de segundo. Superfícies protegidas por processos de revestimento não naturais como fosfatização, galvanização,