Recrutamento e seleçao
Organizações: Inclusão ou Integração?
Autoria: Adriana Lopes Fernandes, Andréa Soares Dias de Moura, Lílian Ponzo Ribeiro
Resumo
O objetivo deste artigo é discutir como tem se dado o processo de recrutamento e seleção das pessoas portadoras de deficiência, focando as mudanças nas práticas organizacionais necessárias para inclusão no mercado de trabalho. As mudanças sofridas pelas organizações levaram as pessoas a conviver, de forma mais acentuada, com estilos de gestão diferentes, ampliando a possibilidade de trabalhar com equipes mais heterogêneas quanto à nacionalidade, raça, hábitos e valores. Percebe-se que proporcionar uma diversificação da mão de obra organizacional com PPD não se mostra uma prática recorrente em muitas organizações. O convencionalismo e a falta de informação são fatores que atrapalham e por vezes dificultam as organizações a seguirem em favor de um ambiente mais humanizado e democrático. Contudo, o pleito existente não se deve apenas à capacidade para o trabalho das
PPD’s ou à conscientização das empresas em promover a igualdade de chances; a demanda também se deve à obrigatoriedade imposta pela Lei n. 8.213 de 1991, conhecida como Lei de
Cotas, que institui para empresas privadas com mais de 100 funcionários a reserva de vagas par PPD’s, sob pena de multa. Para elucidar a discussão proposta, utilizou-se da pesquisa qualitativa, com aspectos descritivos, sendo um estudo de caso em uma organização que foi assessorada no processo de recrutamento e seleção por uma instituição especializada no assunto. O estudo empregou dados secundários e entrevistas semi-estruturadas com os responsáveis pelo projeto de assessoramento às empresas, deficientes incluídos,
Gerente/Diretor de RH, responsável pelo recrutamento e seleção da PPD, gerente imediato e colegas de trabalho dos portadores de deficiência da empresa beneficiada. Sendo que os dados
foram