Recreação
A HISTÓRIA DO LAZER
Os gregos denominavam de ócio o tempo livre, atribuindo-lhe maior valor que a vida de trabalho, principalmente os atenienses. Na Grécia clássica, o ideal de sabedoria que se cultivava tinha no ócio sua condição essencial. Havia uma grande significação e exaltação das atividades ociosas em contraposição às de trabalho, pelo menos para os atenienses, já que os espartanos eram guerreiros. A cultura agonista espartana pode ser considerada uma cultura laboral. O cotidiano deste povo acontecia fundamentalmente nos ginásios, nas termas, no fórum e em outros lugares de reunião. Havia o culto aos deuses que representava função permanente no tempo, pois se acreditava que a via para atingir a perfeição e a sabedoria passava pela contemplação dos deuses.
Cronos é o deus do tempo, daí advindo às palavras cronômetro, cronometragem, cronograma, etc.
Segundo Bacal (1988) a etimologia da palavra ‘’ócio’’ orienta-se do grego; ócio em grego é skole, em latim schola e em castelhano escuela.
Podemos ver que a educação significava ócio, pois do ponto de vista semântico, a raiz skole implicava nos atos de parar ou cessar, indicando idéias de repouso ou paz.
Convém ressaltar que os nomes com que se denominavam lugares para educação significavam ócio, e, para os gregos, toda a atividade era um meio, um instrumento, sendo o ócio um fim em si mesmo, algo a ser alcançado para ser desfrutado.
Já para Aristóteles, ainda na Grécia Antiga, o ócio era uma condição ou estado – o estado de estar livre da necessidade de trabalhar. O filósofo fala também da vida de ócio em contraposição à de ação, entendendo por ações as atividades dirigidas para obtenção de fins. Não considerava a diversão (Paidéia) ou recreio (anapáusis) como ócio, uma vez que são meios necessários para conduzir o ser às atividades laborais.
As atividades de recreio e diversão estavam diretamente relacionadas com descanso do trabalho, e a capacidade de empregar