Recreação infantil: o recreacionista como provedor de cultura
Este estudo tem como objetivo mostrar a responsabilidade do recreacionista como provedor de cultura nas crianças durante as atividades recreativas. Para isto, temos que compreender a cultura e seus valores, a importância da atividade recreativa para transmissão de cultura, e as funções e postura do recreacionista para o funcionamento desta transmissão. Para Edward Tylor, cultura é o todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. Há várias formas de obter cultura, a sociedade é quem impõe, como Aron diz “o indivíduo nasce da sociedade, e não a sociedade nasce do indivíduo”. Dumazedier afirma que a cultura moderna, seja técnica, científica, artística ou filosófica, não pode ser adquirida e desenvolvida unicamente pela prática de obrigações diárias, uma vez que esta implica atividades de aquisição e criação, cuja execução depende da utilização de um certo tempo. Assim como o tempo reservado à escola é cada vez menos suficiente para a aquisição dos conhecimentos e aptidões necessários à vida num mundo em crescente complexidade e de mudanças rapidíssimas, é preciso também que exista um certo tempo liberado, tanto das obrigações profissionais quanto das de outros tipo. Neste certo tempo livre de escola e outras obrigações da criança, uma das formas de aquisição de cultura que pode ser utilizado são as atividades recreativas nas férias, feriados e finais de semana. As atividades recreativas têm várias características fixadas para um maior desenvolvimento da criança. Cada característica desenvolve um fator na criança, seja motor, cognitivo ou social. O profissional responsável por realizar essas atividades e fixar essas características é chamado de recreacionista. Ele tem a função de elaborar, preparar, organizar, divulgar, promover, viabilizar, desenvolver e realizar as devidas atividades. O profissional deve ter o conhecimento