Recorte e monte o texto
Os trechos abaixo, juntos, formam uma crônica, recorte-os e monte o texto.
O que tenho a dizer de minha condenação? É injusta, ora. A sentença mais injusta já proferida nos Estados Unidos. O mínimo que posso dizer desse juiz é que não conhece coração de mãe. Então não sabe que mãe tem de fazer tudo por seu filho? Será que a mãe desse senhor não se esforçou para que ele fosse juiz?
Mas... Ajuda em quê? Eu não podia andar pelas casas convencendo as pessoas a atirar cigarros acesos em cestas de lixo. Eu não podia roubar extintores. O que eu podia fazer - e confesso que estremeci quando a ideia me ocorreu - era arranjar uns incêndios para o meu filho.
Não seria fácil. Em primeiro lugar, tenho medo do fogo. Depois, tinha de avaliar cuidadosamente os incêndios que provocaria. Nem tão grandes que submetessem o meu Jason ao perigo, nem tão pequenos que ele os rejeitasse com desprezo. Tarefa espinhosa, portanto, mas o que não faz uma mãe quando está a ajudar o seu filho?
Devo dizer que me saí extremamente bem. Provoquei cinco incêndios, todos belíssimos, com muita chama, muita fumaça, muita gente ao redor. Em todos o meu Jason brilhou, o que me deu entusiasmo. Comecei a pensar em coisas realmente grandes - a municipalidade, quem sabe a Casa Branca, quem sabe o Capitólio. Foi aí que me prenderam.
De imediato compreendi seu drama. Mount Shasta é uma cidade pequena, não tem muito o que incendiar. Pior: não há habitante que não tenha o seu extintor de incêndio. É uma coisa patológica, o temor deles é o fogo.
Mas então ele foi aceito no Corpo de Bombeiros da cidade. Parecia muito feliz, mas um dia veio me procurar, em prantos. O que foi? Perguntei aflita. Jason soluçava tanto que nem podia falar. Finalmente se acalmou e disse, numa voz sumida:
- Pouco incêndio...
Fiquei consternada. Mas de imediato resolvi: aquele era o momento em que meu filho precisava de mim e eu não lhe falharia. Ele teria a minha ajuda pronta e