Recordação livre e serial (efeitos de primazia e recenticidade)
• Utilização no ensino da educação física/esportes
Quando uma pessoa deseja aprender uma habilidade esportiva, ou de qualquer outro caráter, se depara com uma tarefa fundamental para sua execução: reter a combinação dos movimentos individuais necessários para a realização da mesma.
Aprender a chutar uma bola de futebol, arremessar uma bola de handebol ou simplesmente montar um quebra-cabeça são exemplos de habilidades que exigem do praticante uma combinação de diversos movimentos em um arranjo especificado sendo para isso o papel da memória de suma importância.
Existem duas maneiras de estudar os problemas da aprendizagem. De um lado, podemos examinar como o comportamento se transforma em função da experiência, ou seja, significa que medimos o aperfeiçoamento em realização resultante da prática. No entanto, podemos também considerar um nível fixo de realização e ver como esta se conserva durante um certo período de tempo, mas sem prática. O último caso define o problema da retenção.
Se não houvesse retenção, não haveria aprendizagem, pois o aperfeiçoamento com a prática depende do acúmulo dos efeitos desta nos períodos de tempo em que não a ocorre. Assim, o estudo da retenção nos permite examinar mudanças no comportamento que não sejam contaminados por mais prática ou exposição aos materiais que estão sendo aprendidos. Quando verificamos até que ponto e de que forma algo é conservado, temos um método para saber como os processos mentais reorganizam o material já aprendido, sem mais exposição a este. De forma sucinta, a retenção indica até que ponto o material aprendido é conservado durante um certo período de tempo.
Os experimentos de retenção consistem de dois estágios. Durante o primeiro deve ocorrer alguma aprendizagem e, durante o segundo se mede a retenção. Um problema no estudo desta refere-se àquilo que medimos. Não existe um método único para medir os efeitos de aprendizagem ou