Recordar, repetir e elaborar
CAPÍTULO V
Na tentativa de abreviar a duração da análise e conseguir uma cura ou impedir uma doença futura após o tratamento analítico alguns fatores decisivos como a influência da etiologia traumática, a força relativa dos instintos que devem ser controlados e a alteração do ego, devem ser colocados em questão. Para que haja uma situação analítica, precisa se aliar ao ego do paciente em questão, submetendo partes do id não controladas, ou seja, aglutiná-las na síntese do seu ego. Os tipos de alterações cognitivas são congênitas ou adquiridas. As adquiridas são mais facilmente tratadas, pois o acontecimento se dá no decurso do desenvolvimento desde o nascimento, pois é a partir daí que o ego tenta desempenhar sua tarefa de mediar entre o seu id e o mundo externo. Sob a influência da educação, o ego costuma remover a cena de luta de fora para dentro e domina o perigo interno antes de se tornar externo. Em geral, o ego consiste em evitar o perigo, a ansiedade e o desprazer. Esse procedimento é chamado de mecanismo de defesa. O estudo dos processos neuróticos se iniciou a partir do mecanismo de repressão. O desprazer não é tolerado pelo aparelho psíquico, por isso tenta desviá-lo, e se a percepção acarreta desprazer a verdade é sacrificada. O indivíduo tenta durante um tempo ficar forte, evitando situações de perigo, para mais tarde afastar as ameaça, alterando a realidade. Por isso, os mecanismos defensivos do ego falsificam nossa percepção interna e nos dá uma representação imperfeita de nosso id. Mecanismos de defesa nos mantém afastados de perigos, mas podem ser transformados em perigos também. Cada um faz uma seleção dos mecanismos de defesas. Durante o tratamento, o trabalho terapêutico estará de oscilando entre um fragmento de análise do id e um fragmento de análise do ego, tentando tornar consciente algo do id e corrigindo algo do ego. Os mecanismos defensivos reaparecem no tratamento como