reconceituacao do serviço social
O movimento de reconceituação do serviço social no Brasil se inicia a partir de 1980, quando o cenário político nacional passava por mudanças significativa. Os profissionais atuavam em duas frentes diferentes, trabalhar institucionalizados ou a frente dos trabalhadores, representando e orientando os mesmos nos sindicatos e movimentos trabalhistas.
Tentando encontrar uma definição técnica para a profissão, e a área especifica de trabalho, institucional ou sindical os profissionais buscavam a identidade profissional, frente a realidade social e política da época. Tentando fugir do conservadorismo profissional.
[...] uma forma de intervenção ideológica que se baseia no assistencialismo como suporte de uma atuação cujos efeitos são essencialmente políticos: o enquadramento das populações pobres e carentes, o que engloba o conjunto das classes exploradas. Não pode também ser desligado do contexto mais amplo em que se situa a posição política assumida e desenvolvida pelo conjunto do bloco católico: a estreita aliança com o ‘fascismo nacional’, o constituir-se num polarizador da opinião de direita através da defesa de um programa profundamente conservador, a luta constante e encarniçada contra o socialismo, a defesa intransigente das relações sociais vigentes(CARVALHO, in IAMAMOTO e CARVALHO, 1988: 221-222).
Trabalhando na área comunitária, o serviço social foi definido como:
Um processo através do qual os esforços do próprio povo se unem aos das autoridades governamentais, com o fim de melhorar as condições econômicas, sociais e culturais das comunidades, integrar essas comunidades na vida nacional e capacitá-la a contribuir plenamente para o progresso do país.
(1984, p.32 aput ONU 1962, p.25)
Altamente influeciada pelos movimentos politicos e sociais que fervilhavam no país e em toda a América latina a reconceituação adquiria identidade, apesar de encontrar as mesmas dificuldades do meio do século.