Reciclagem
Hoje o plástico faz parte de nossa vida. Observando o ambiente, nota-se que grande parte dos utensílios - dos óculos à sola de sapato, do móvel de cozinha ao painel do automóvel - é feita deste material. O plástico vem das resinas derivadas do petróleo e que pode ser moldado de várias formas, sem se quebrar. Pertence ao grupo dos polímeros, moléculas muito grandes, com características especiais e variadas.
O consumo de plásticos no Brasil e no mundo vem aumentando há décadas, numa clara demonstração do enorme sucesso conseguido por esse material nas mais variadas aplicações. As características típicas dos plásticos, como seu custo praticamente irrisório, baixo peso, boa resistência mecânica, impermeabilidade, transparência e capacidade de coloração mais impressão lhe conferiram trunfos irresistíveis para seu uso passivo na forma de embalagens, uma aplicação extremamente importante numa sociedade voltada para o consumo. Portanto, nada mais natural que esses materiais tenham avançado irresistivelmente sobre esse mercado: do total de 3,97 Mt toneladas de plásticos consumidos no Brasil em 2002, nada menos do que 1,58 Mt foram usados na forma de embalagens e 0,46 Mt como produtos descartáveis. Ou seja, só nesse ano mais de dois milhões de toneladas de artigos plásticos tiveram vida útil efêmera no Brasil. Dito em outras palavras: pelo menos 51,3% do plástico consumido no Brasil naquele ano foi para o lixo após algumas semanas de uso, se tanto. Obviamente deve-se juntar a essa quantidade o material plástico que chegou ao fim de sua vida útil em outras aplicações mais duradouras como, por exemplo, componentes para automóveis, eletrodomésticos, móveis, etc.
Esses dados são espantosos, mas a situação é ainda mais surpreendente nos países desenvolvidos. Não é novidade nenhuma que essa enorme geração de rejeitos, uma conseqüência direta de nossa sociedade afluente, venha gerando problemas ambientais realmente sérios. Como se sabe, a degradação do