3- O Consumo de Matérias-Primas: No que diz respeito ao consumo de matérias-primas, prevalece o mesmo padrão dos alimentos. Cerca de 1 bilhão de pessoas na zona rural subsistem à custa da biomassa coletada no meio ambiente local. A maior parte do que é usado todo dia - cerca de ½ Kg de grãos, 1 Kg de lenha e forragem para seus animais - poderia constituir recursos auto-renováveis. Infelizmente, como essas pessoas são frequentemente expulsas para ecossistemas frágeis e não produtivos - devido à falta de terras e pelo crescimento populacional - as suas necessidades nem sempre são satisfeitas. Aproximadamente, 1,5 bilhão de pessoas vivem na categoria média de uso de ma-teriais. Fornecer a cada uma delas mercadorias duráveis todo ano consome entre 50 e 150 Kg de aço e de 20 a 50 gigajoules de energia. No topo desde morro está a classe esbanjadora, que consome matérias-primas de modo extravagante. Um habitante típico daquele ¼ industrializado do mundo consome 15 vezes mais papel, 10 vezes mais aço, 12 vezes mais combustível do que um habitante do terceiro mundo. Uma boa parte das matérias-primas que entram no processo produtivo das indús-trias acabam saindo, na outra extremidade, como resíduos. Há, também, um enorme desperdício de energia gasta na produção industrial. Embora o lixo urbano não seja nem a maior nem a mais perigosa das categorias de resíduos, são certamente um excelente indicador do desperdício na nossa sociedade. A produção de artigos que acabam como lixo corresponde a maior parte dos resíduos gerados. Ironicamente, a medida que a intensidade do uso de matérias-primas parece estar caindo na produção industrial, o crescimento contínuo da geração de lixo indica que o seu acúmulo está crescendo no setor de produtos de consumo diário. As sociedades que pretendam melhorar a distribuição de renda, reduzir o desperdício e melhorar sua eficiência ambiental precisam reduzir, primeiramente, a sua produção de