Reciclagem
imagem de southern pixel encontrada no flickr - http://flickr.com/photos/southernpixel/255301515/Esse texto demorou pra sair, exatamente porque a etapa final do ciclo do lixo eletrônico parece ser a mais difícil de se lidar. Nos textos anteriores eu falei sobre as possibilidades de consumo consciente e reaproveitamento que, de uma forma ou de outra, demandam pouco mais do que informação e vontade de fazer. Quando a conversa chega à etapa da destinação final ou da reciclagem efetiva do descarte eletroeletrônico, existem entraves que parecem necessitar de uma força maior: mudar a legislação, lidar com grandes forças econômicas e tratar resíduos químicos tóxicos. A conclusão dessa parte é que é necessário uma grande mobilização da opinião pública para apressar a aprovação da política nacional de resíduos sólidos, e que há que se pensar seriamente na regulamentação e fiscalização da reciclagem efetiva de eletroeletrônicos.
ciclo - reciclagem
Legislação
Temos acompanhado aqui pelo Lixo Eletrônico o lento processo da aprovação da política brasileira de resíduos sólidos. O projeto em andamento no Congresso trata o lixo eletrônico como resíduo reverso, responsabilizando os fabricantes pelo manejo antes da disposição final. É natural que esse tipo de iniciativa enfrente grande resistência, em especial por parte da própria indústria - afinal é ela quem tem que arcar com os custos e a logística. Mas é extremamente necessário para tirar o atraso em que a legislação brasileira se encontra sobre o assunto, e para oferecer uma solução para um problema que cresce a cada ano (e tende a crescer cada vez mais).
Como referência, a norma européia, chamada WEEE, restringe o uso de algumas substâncias tóxicas na produção, e prevê que só haja três destinos possíveis para o lixo eletrônico: reciclagem, incineração ou exportação.
A exportação, aliás, é potencialmente outro problema: ela tende a gerar em países como a China, a Índia