RECICLAGEM DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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INTRODUÇÃO
1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
Durante muitos anos, a população produziu lixo sem ter noção e preocupação de como ele seria destinado e de que forma seria disposto. A falsa idéia da abundância dos recursos naturais, renováveis e não-renováveis, tratados como se fossem fontes inesgotáveis, e uma população menor, principalmente no que diz respeito à sociedade consumista que se apresenta atualmente, tornavam a produção de resíduos um problema insignificante. No entanto, com o advento da industrialização, com a diversificação do consumo de bens e serviços, e com o crescimento populacional, principalmente nos centros urbanos, houve um considerável aumento na industrialização de materiais. A partir de então, os resíduos se transformaram em um grave problema para toda a sociedade (ÂNGULO, 2000).
Os Resíduos de Construção e Civil (RCC) são todos os restos de materiais utilizados na execução de obras em atividades de construção civil. Sendo geradas em obras
de
infra-estrutura, demolições,
reformas,
restaurações, reparos,
construções novas, etc. Tendo, por exemplo, como detritos, restos de pedregulhos, areias, materiais cerâmicos, argamassa, aço e madeira.
A indústria da construção civil constitui-se em umas das principais atividades de degradação do meio ambiente. Suas etapas contribuem para o esgotamento de recursos naturais, consumo de energia, poluição do ar, da água, do solo, além de produzir resíduos, estes muitas vezes dispostos de maneira irregular. Com a elevada demanda de dejetos de obras, mesmo locais apropriados para sua disposição tem ficado saturados e a retirada de entulho de locais clandestinos e de vias públicas, somadas à coleta do lixo domiciliar, contribuem para o alto custo da limpeza urbana dos municípios brasileiros.
No Brasil, a geração contínua e crescente de RCC está diretamente ligada ao elevado desperdício de materiais na realização dos empreendimentos. Estima-se que, para