reciclagem de pneus
Por não ser um piche convencional, demora muito mais para trincar que um asfalto comum, que não pode se esticar desta maneira. Somente da usina do estado de São Paulo, saem 500 toneladas de asfalto borracha por dia. Desde o início do funcionamento da usina, há sete anos, já foram produzidas 750 mil toneladas de asfalto borracha. Essa produção assegurou uma destinação inteligente para 400 mil pneus velhos.
A principal vantagem é a durabilidade, porque nós temos uma expectativa de que seja 40% maior do que o asfalto comum. Além disso, provoca um ruído menor na rodovia, e possui ótimo tempo de intervenção, já que, quanto mais você demora a interferir na pista, menos você interfere na vida do usuário. Isso se dá pelo fato de a borracha do pneu conter antioxidantes que tornam sua liga mais densa.
Uma nova geração de asfalto borracha está sendo testada em laboratório. A ideia é reduzir ao máximo o uso de calor na hora de aplicar o asfalto nas rodovias. Com menos calor, utiliza-se menos energia e há menos custos. A reportagem acompanhou o recapeamento de um trecho do sistema Anchieta-Imigrantes, onde 70% das pistas já foram cobertas com asfalto borracha. Vem aumentando ano a ano a quantidade de trechos cobertos de asfalto borracha no sistema. A meta é que, até 2015, não haja mais asfalto convencional nessas estradas.
Segundo o Ibama, se todos os pneus coletados no primeiro semestre deste ano fossem transformados em asfalto, seria possível pavimentar 34.800 quilômetros de estradas, o equivalente a quase nove vezes a distância que separa São Paulo de Manaus.
Para cozinhar a matéria prima a temperaturas que chegam a 1.500°C, é preciso muita energia a um custo cada vez mais alto. A melhor