Reciclagem de papel
Nos primórdios de sua história, o ser humano registrava suas atividades gravando símbolos, desenhos e palavras em pedras ou em metais. Isso fez com que, ao contrário da tradição oral, a comunicação gráfica dos registros não se extinguisse com o tempo.
O papel também vem sendo utilizado para contar a história da humanidade. Tem como origem mais remota o papiro: planta nativa dos pântanos egípcios, que provavelmente começou a ser utilizada para gravações três milênios antes de Cristo.
Tal como é conhecido hoje, o papel remonta à China do século II. Sua invenção foi anunciada ao Imperador Ho Ti pelo oficial da corte Cai Lun (Ts’ai Lun), no ano 150. Desde então, o invento influencia a vida de bilhões de pessoas desde aquela época.
Por mais de 600 anos, os chineses mantiveram sigilo sobre o primeiro sistema de fabricação de papel, que usava fibras de árvores e trapos de tecidos cozidos e esmagados. A massa resultante era espalhada sobre uma peneira com moldura de bambu e um pano esticado e submetida ao sol para um processo natural de secagem.
Durante boa parte de sua história, o papel foi fabricado à mão. Em meados do século XVII, os holandeses começaram a aplicar a força hidráulica para mover grandes pedras que, movidas umas contra as outras, melhor preparavam as fibras para a produção de papel. Chamados de “holandesas”, esses moinhos são utilizados até hoje.
No Brasil, o papel começou a ser fabricado em 1809, no Rio de Janeiro.
PROCESSO DE PRODUÇÃO DO PAPEL
A principal matéria-prima para a produção de papel são toras de madeira. Nas fábricas, após serem cortadas, elas passam por um descascador e picador, de onde saem na forma de pequenos cavacos (lascas). Em um tanque chamado digestor, os cavacos são cozidos dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos, como sulfitos. O resultado desse cozimento é chamado de polpa.
A polpa passa por um processo de lavagem, em tanques e centrífugas, onde são extraídos os cavacos