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Todas as formas de arte foram usadas como propaganda do estilo de vida alemão que se pretendia criar, mas o cinema merece especial destaque, principalmente no que concerne à necessidade de limpeza da pátria e à “solução final”. O filme “Vítimas do Passado”, de 1937 é um dos muitos sobre essa necessidade de limpar a Alemanha dos doentes físicos e mentais, que, se mantidos como cidadãos, só ajudariam a alimentar um processo que levaria a raça ariana a sucumbir. Além dos filmes propagandistas, a arte moderna foi usada como vitrine de todas as deformações e distorções dos valores de beleza humana, sendo organizadas exposições desta “arte degenerada”, reunindo obras de vanguarda, adquiridas ainda nos anos 20 e vistas agora como “degeneração cultural” e “presságio do destino”, caso atitudes drásticas não fossem tomadas. Associadas à arte bolchevique e judaica, a arte moderna servia como exemplo do que deveria ser combatido: as compleições deformadas, os comunistas e os judeus. Em contrapartida, a exaltação de corpos perfeitos, associados sempre à boa saúde, era feita pelas esculturas de inspiração grega.
Com essa idéia em mente, até o início da guerra, Hitler se preocupou em formular o conceito de arte de acordo com o seu próprio e