Recanto da minha’lma

Recanto da minha’lma (Rogério Kivel)

Às vezes me sinto acanhado, libertino, enamorado em minhas reminiscências. Parte delas (talvez, até grande parte delas), se remete a amores passados (e suas complicações e efeitos). Esse tal de amor... sentimento belo, magnífico, agradável, quando uniformemente correspondido. Sim! Um dos motivos dos relacionamentos acabarem rápido demais, seria essa falta de amor-próprio. Quem não ama a si mesmo, não está apto a amar o próximo. A complexidade do termo, ironicamente, se baseia na simplicidade do que ele representa. Amar só pode ser explicado por quem ama. É como um cientista explicar para uma galinha, como os ovos devem ser botados. Não existe manual de instruções, ou significado concreto. Apenas, acontece. Ah! o amor... basicamente, possui duas vertentes: Quando o ser está amando/apaixonado e quando não está. A vantagem de estar amando, é que não existem defeitos, somente qualidades. O amor é perfeito, e o mundo, idealizado. O termo ''belo'' é superexaltado e onipotente, no quesito ''características do ser que amo''. O termo ''feio'', antes utilizado como determinante de diferenciação ou fundamento para críticas destrutivas, agora, não passa apenas de um termo esquecido do dicionário. Não existe amor infame, até mesmo, o obscuro e o estrambólico, se torna sublime! A vantagem de estar amando, também é uma desvantagem. O ser apaixonado, não enxerga nada além da (o) sua musa (o) inspirador (a). A cegueira, pode até atingir a razão, fato demasiadamente corriqueiro! É cotidiano demais, ver alunos ''se dando mal'' na escola por um amor. Não importa se for efêmero, razão e emoção não atuam em equilíbrio, quando se está amando. Aliás, amar é um termo muito categórico. O mais apropriado seria ''apaixonar-se''. Amor dura uma vida toda. Paixão dura o tempo necessário para atender os desejos momentâneos do corpo e d'alma. A vantagem de não estar ''amando'', é a liberdade de ter o mundo a