Reação católica e serviço social no brasil
Após os grandes movimentos sociais, a “questão social” fica definitivamente colocada para a sociedade, caracterizada por dois longos processos históricos. Um deles é o imenso progresso industrial e comercial, e o outro, o homem que superou as distâncias e que muda a natureza.
É preciso analisar a posição da Igreja frente à “questão social”, considerando a Igreja não só como Instituição social de caráter religioso, mas também a sua participação nas contradições existentes entre as diferentes classes da sociedade na qual está inserida.
Portanto, a religião católica perde sua ampla hegemonia enquanto concepção de mundo das classes dominantes. Para a desagregação da sociedade civil tradicional e para o declínio de sua influência, a Igreja Católica reage. Essa reação tem por base, através de métodos organizativos e disciplinares, a constituição de poderosas organizações de massa.
No Brasil, a partir da segunda metade da República Velha, no período entre os anos de 1889 e 1930, a Igreja inicia o processo de reformulação de sua atividade política religiosa, a fim de recuperar os privilégios perdidos com o fim do Império. A “questão social” não atrai a atenção das lideranças católicas, e ao fim da República Velha, é cada vez maior a identidade entre Igreja e Estado.
Unindo-se ao Estado e a Igreja, como poderes organizados, a classe dominante procurava conceber estratégias, como força disciplinadora do movimento proletário.
Com o movimento de 1930, inicia-se um novo período de mobilização do movimento católico laico, para criar condições para que a Igreja seja chamada a intervir nas dinâmicas sociais de forma muito mais ampla. O movimento laico vive uma fase de identificação, ou seja, a Igreja passa a se envolver nas causas sociais emergentes da população.
O Estado por sua vez, necessitando do apoio da Igreja, procura atrair sua solidariedade tomando medidas favoráveis. A luta pela vida, pela sobrevivência, pelo trabalho,