Reatualização do conservadorismo
Perspectiva assumida por parcela da categoria profissional que resiste ao processo de laicização, recusando o rompimento com o estatuto de subalternidade da profissão; mostra-se refratário às inovações trazidas pela perspectiva modernizadora. Repudia a vinculação positivista contida na primeira perspectiva e a influência do pensamento crítico-dialético contida na perspectiva “intenção de ruptura”.
Abraça a característica intimista da profissão, seus traços, microscópicos, condicionando sua intervenção a uma visão de mundo derivada do pensamento tradicional ( reclamam para si a inspiração fenomenológica).
Destaque à dimensão da subjetividade ( demanda que surge no meio profissional que se caracteriza por ser fortemente psicologizante ( ajuda psicossocial, compreensão).
Essa perspectiva do movimento de reconceituação pode ser remontada aos Seminários de Sumaré e Alto da Boa Vista (respectivamente 1978 e 1984) e se dá a partir da contribuição fundamental de Ana Augusta de Almeida em sua obra “Possibilidades e limites da teoria do Serviço Social”.
A crítica à herança positivista, em grande estilo, é uma tônica dessa literatura profissional “... ao tratar os fatos sociais como coisas, rejeitamos o que é da ordem das significações, das intencionalidades, das finalidades, dos valores, enfim, tudo aquilo que constitui a face interna da ação”.
Faz-se necessário – para essa perspectiva renovadora – que se desloque a explicação, ( própria dos paradigmas positivas e neopositivistas) pela compreensão, ao “pensamento causal ”quer substituir “um pensamento não-causal, o fenomenológico, cujo quadro de referência não é a explicação, mas a compreensão.
Paulo Netto sublinha que os valores que norteiam a prática profissional são cristãos; o Serviço Social é posto como uma intervenção que se inscreve rigorosamente nas fronteiras da ajuda psicossocial. O Serviço Social ... se propõe a um desenvolvimento da consciência reflexiva de