Realismo

No século XIX, a Europa presenciou um amplo desenvolvimento tecnológico e industrial, que permitiu a sua evolução económica e a afirmação como o continente mais poderoso do mundo até a Primeira Guerra Mundial. Ao mesmo tempo em que crescia interiormente, o continente expandia-se para fora de seus domínios, conquistando terras, pessoas e novas riquezas na África e Ásia, numa reedição do colonialismo do Antigo Regime. No entanto, não bastava conquistar territórios e impor uma dominação à força nas suas populações: era preciso justificar a razão daquele domínio e gerar um argumento indubitável. Para tal fim, os pensadores e intelectuais europeus utilizaram o conceito de ciência, tido como um saber superior e acessível a poucas pessoas. Esta forma de se compreender o mundo, isto é, baseada no cientificismo que transforma as realidades sociais, frutos de uma certa ordem histórica que nunca é absoluta, em verdades absolutas e incontestáveis porque comprovadas pela ciência, torna-se em pouco tempo o realço de todo o pensamento do Velho Continente. Renasceu a importância da Física e da Química como disciplinas exactas. Mas o caso mais destacado desse processo de construção de conhecimento é a transformação que ocorre nas chamadas disciplinas humanistas, a História e a Sociologia. Elas também vão incorporar a tendência cientificista, auxiliando a explicar o domínio europeu nas novas colónias e impondo novos métodos de se estudar as relações sociais e o andamento da História dos povos.

Uma das correntes dominantes foi o realismo- um movimento artístico e literário surgido nas últimas décadas do século XIX na Europa, mais especificamente na França, em reacção ao Romantismo.
Implicando a Veracidade- despreza a imaginação romântica. A Contemporaneidade- descreve a realidade, fala sobre o que está acontecendo de verdade. O Retrato fiel das personagens- carácter, aspectos negativos da natureza humana. O Gosto pelos detalhes- lentidão na narrativa. O Materialismo do amor- a