Realismo
Entende-se por "Realismo Literário" um estilo de escrita que toma a realidade como princípio orientador de criação artística por meio da palavra. Neste sentido, o Realismo pode ser percebido em texto de qualquer época, desde as primeiras manifestações da humanidade até hoje; mas, como movimento relativamente organizado, começou na segunda metade do século XIX, na França, difundindo-se por todos os países da Europa, com oposição declarada, ou não, ao sentimento romântico. [3] O movimento realista correspondeu à ascensão da pequena burguesia. O pensamento filosófico que exerceu mais influência no surgimento do Realismo foi o Positivismo. [4] Ao contrário do gosto da alta burguesia, interessada no jogo vazio das formas artísticas (a "arte pela arte"), motivou-a uma arte voltada a solução dos problemas sociais, isto é, uma arte "engajada" de "compromissos", que se colocava também contra o tradicionalismo romântico e procurava incorporar os descobrimentos científicos de seu tempo. O Naturalismo é uma especie de prolongamento do Realismo. Não chegaram a ser movimentos literários distintos, tanto é que muitos autores são simultaneamente realistas e naturalistas, sendo o Naturalismo cronologicamente posterior ao Realismo. [5] [6] Para muitos, o Realismo representava uma alternativa do que era visto como um isolamento ou mesmo um elitismo da vanguarda —ponto de vista que ganhou apoio a partir da adoção do Realismo Socialista como a forma oficial de arte da União Soviética. Contudo, outras vozes insistiam em que a vanguarda possuía um papel a exercer no desenvolvimento de um realismo moderno adequado às condições do século XX. [7]
Realismo não só foi moldado como uma importante escola e períodos da história da literatura, mas também foi uma constante de toda a literatura, a sua primeira formulação teórica foi o princípio da mimesis na Poética de Aristóteles. [8] Em geral, os realistas retratavam temas e situações em contextos contemporâneos do cotidiano, e tentaram