Realismo
Realismo – doutrina segundo a qual existe uma realidade exterior, determinada, autônoma, independente do conhecimento que se pode ter sobre ela.
Imagem – é a representação do objeto no conhecimento sensível.
Ideia – é a representação do objeto no conhecimento inteligível.
As imagens são acidentais, contingentes e particulares, enquanto as ideias são essenciais, necessárias e universais.
O conhecimento intelectual supõe o conhecimento sensível porque as ideias provêm das imagens.
Como é possível que as ideias provenham das imagens, se as primeiras são universais, imutáveis e necessárias e as outras são particulares, mutáveis e contingentes?
Grande preocupação dos realistas: sanar a dificuldade à possibilidade de acesso a essa realidade autônoma e pré-determinada, e a dificuldade à justificação dessa correspondência entre a mente e o real.
O conhecimento verdadeiro é a coincidência ou correspondência entre nossos juízos e essa realidade.
O realismo afirma: a realidade das coisas nos vem primeiro e o conhecimento após. É uma atitude extrovertida, pois consiste em abrir-se às coisas, em ir a elas, em derramar sobre elas a capacidade perceptiva do espírito. Assim, o conhecimento vem das coisas para mim (sujeito cognoscente).
Argumentos dos realistas
1. A diferença entre percepções e representações – estas são percebidas pelo sujeito que as possui como lembrança de algo que já viu, por exemplo. O conteúdo da representação só existe para ele;
2. Independência das percepções relativamente à vontade – a chegada de uma percepção independe da nossa vontade, pois é causada por um objeto que existe independentemente do sujeito;
3. Independência dos objetos da percepção relativamente às nossas percepções – os objetos continuam a existir mesmo depois de nossa percepção, pois existem por si mesmos, fora de nós.
O realismo se apresenta em três aspectos: ingênuo, natural e crítico.
Realismo ingênuo: é aquele onde ainda