Realismo
Realismo foi um movimento artístico e literário surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa, mais especificamente na França, em reacção ao Romantismo.
Características do Realismo
Veracidade: despreza a imaginação romântica.
Contemporaneidade: descreve a realidade, fala sobre o que está a acontecer de verdade.
Retrato fiel das personagens: carácter, aspectos negativos da natureza humana.
Gosto pelos detalhes: lentidão na narrativa.
Materialismo do amor: a mulher objecto de prazer/adultério.
Denúncia das injustiças sociais: mostra para todos a realidade dos factos.
Determinação e relação entre causa e efeito: o realista procurava uma explicação lógica para as atitudes das personagens, considerando a soma de factores que justificasse suas acções. Na literatura naturalista, dava-se ênfase ao instinto, ao meio ambiente e à hereditariedade como forças determinantes do comportamento dos indivíduos.
Linguagem próxima à realidade: simples, natural, clara e equilibrada.
Correntes Filosóficas da época
Na época, o cenário intelectual era dominado por novas correntes filosóficas:
Positivismo (Auguste Comte)
Determinismo (Hippolyte Taine)
Darwinismo (Charles Darwin)
Evolucionismo social (Herbert Spencer)
Experimentalismo (Claude Bernard)
Socialismo Utópico (Saint-Simon)
Socialismo Científico (Karl Marx)
O Realismo nas artes
O Realismo fundou uma Escola artística que surge no século XIX em reacção ao Romantismo e se desenvolveu baseada na observação da realidade, na razão e na ciência.
Como movimento artístico, surgiu na França, e a sua influência estendeu-se a numerosos países. Esta corrente aparece no momento em que ocorrem as primeiras lutas sociais contra o socialismo progressivamente mais dominador, ao mesmo tempo em que há um crescente respeito pelo facto empiricamente averiguado, pelas ciências exactas e experimentais e pelo progresso técnico. Das influências intelectuais que mais ajudaram no sucesso do Realismo denota-se