Realismo

O Realismo surgiu em meio ao fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Foi um movimento artístico e literário surgido nas últimas décadas do século XIX entre os anos de 1850 e 1880 na Europa, mais especificamente na França, em reação ao Romantismo. A sociedade se dividia entre a classe operária e a burguesia. Logo mais tarde, em 1848, os comunistas Marx e Engels publicam o Manifesto que faz apologias (defendendo) à classe operária. Com o avanço tecnológico como por exemplo: o avanço da energia elétrica, o surgimento de maquinas para facilitar e melhorar a vida, como o carro, a sociedade passou a vivencia a realidade de maneira oposta. Os integrantes desse movimento (Realismo) repudiaram a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo, pois sentiam a necessidade de retratar a vida, os problemas e costumes das classes média e baixa não inspirada em modelos do passado. Entre as correntes filosóficas, destacam-se: o Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo e o Marxismo. Contudo, o pensamento filosófico que exerce mais influência no surgimento do Realismo é o Positivismo, o qual analisa a realidade através das observações e das constatações racionais. Dessa forma, a produção literária no Realismo surge com temas que norteiam os princípios do Positivismo. São características desse período: a reprodução da realidade observada; a objetividade no compromisso com a verdade (o autor é imparcial), personagens baseadas em indivíduos comuns (não há idealização da figura humana); as condições sociais e culturais das personagens são expostas; lei da causalidade (toda ação tem uma reação); linguagem de fácil entendimento; contemporaneidade (exposição do presente) e a preocupação em mostrar personagens nos aspectos reais, até mesmo de miséria (não há idealização da realidade). A literatura realista surge na França com a publicação de Madame Bovary de Gustave Flaubert, e no Brasil com Memórias