Na segunda metade do séc. XIX, o teatro passou a questionar os valores sociais. O realismo e naturalismo exerceram mudanças marcantes, com o surgimento do diretor, do cenógrafo e do figurinista. Até então, o próprio ator escolhia suas roupas, um único cenário era usado para diversas montagens, e não estava definida a posição do diretor como coordenador de todas as funções. A iluminação passou a ser mais estudada e adotou-se a sonoplastia mais elaborada. A representação realista buscava uma imagem mais direta e fiel do objeto, sem idealizar, sem oferecer uma interpretação pessoal. O teatro realista traz: veracidade, descreve a realidade exatamente como ela é, personagens humanizados: com qualidades e defeitos, materialidade do amor, linguagem comum( Como realmente se falava nas ruas). Já o teatro naturalista vem com as características do realismo de forma mais radical, focando em um problema social específico, em uma ferida da sociedade, onde é exposto literalmente tudo, é um espaço para estudo das doenças sociais. Em contrapartida na transição do sec. XIX para o XX começam a surgir algumas ideias e teorias antirrealistas e antinaturalistas e surgi enfim o teatro simbolista e expressionista. Antes o teatro limitava-se em mostrar aquilo que era físico, real, palpável. Agora a os questionamentos eram outros: como mostrar no palco os anseios, desejos, sonhos? Como representar o intangível? Não são esses os fatores pelos quais nós, seres humanos, somos movidos até os dias de hoje? A essas necessidades que surgi outro teatro completamente oposto ao que era visto. O teatro simbolista veio preencher essa lacuna de um teatro caracterizado por: sugestões a irrealidade, atemporalidade do espaço e do tempo, personagens inexistentes na vida real e uma linguagem lírica (contrapondo-se ao realismo/naturalismo). O expressionista mostrava a visão do artista perante determinado tema/assunto, contribuiu para uma encenação: concisa, exaltada, patética, dinâmica, deformada, com