Realismo e naturalismo

REALISMO E NATURALISMO São escolas literárias que surgiram na segunda metade do século XIX. Deixavam de lado a emoção e a subjetividade românticas e valorizavam a razão e a objetividade.
Características do Realismo: * Veracidade (narra fatos que tenham seus correspondentes na realidade exterior); * Contemporaneidade; * Retrato fiel das personagens (tanto o caráter, quanto os aspectos negativos da natureza humana): * Gosto pelos detalhes específicos (objetivando precisão e fidelidade, contribuindo para uma lentidão na narrativa); * Materialização do amor (a mulher é vista como objeto de prazer; é comum a temática do adultério e dos crimes passionais); * Denúncia das injustiças sociais; * Determinismo e relação entre causa e efeito (procura-se uma explicação lógica para as atitudes das personagens); * Linguagem próxima à realidade e preocupação formal (utiliza-se de palavras menos ‘nobres’ e até mesmo vulgares; a linguagem realista é simples, natural, correta, clara e equilibrada).
Características do Naturalismo: O naturalismo acentuou as características do Realismo e destacou-se pela incorporação dos seguintes elementos: * Visão determinista e mecanista do homem (é considerado como um animal sujeito a forças que determinam seu comportamento); * Cientificismo (o homem era visto objetivamente e era considerado como um ‘caso’ a ser analisado cientificamente); * Personagens patológicos (como uma forma de comprovar as teses deterministas); * Crítica social e reformismo; * Incorporação de termos científicos e profissionais.
Realismo - Naturalismo em Portugal Seu início se deu com a chamada Questão Coimbrã que durou de 1865 a 1867. O incidente envolveu Antero de Quental e Antônio Feliciano Castilho, romântico conservador. Castilho julgou duramente o livro de poesias publicado por Antero de Quental Odes Modernas, pois fugia do padrão romântico. Como resposta, Antero publicou o artigo Bom senso e bom gosto