Realismo em portugal
e no Brasil
Nomes: Kamylla Soares,Bem-Hur Storch Grigoleto,Karina Nogueira e Michele Abreu
Realismo em Portugal
Origem
A partir de 1860, uma reviravolta intelectual portuguesa: o Romantismo está agonizante. Coimbra é a trincheira de jovens revolucionários influênciados pelas idéias de Proudhon, Quinet, Taine, Renan, etc. Em 1861, Antero de Quental funda a Sociedade do Raio e em 1865 edita Odes Modernas. Na Obra de Pinheiro Chagas, Poema da Mocidade (1865), Castilho faz um posfácio onde critica os jovens da geração de 60: "muito há que eu me pergunto a mim donde proviria esta enfermidade que hoje grassa por tantos espíritos, de que até alguns dos mais robustos adoecem, que faz com que a literatura e em particular a poesia ande marasmada, com fastio de morte á verdade e a simplicidade..." Como resposta, Antero publica uma carta aberta a Castilho, denominada "Bom-senso e Bom gosto", onde rebate as crítica do mestre romântico ("Levanto-me quando os cabelos brancos de V.Ex a passam diante de mim. Mas o travesso o cérebro que está debaixo e as garridas e pequininas cousas que saem dele confesso não merecerem, nem admiração, nem respeito, nem ainda estima. A futilidade num velho desgosta-me tanto com a gravidade numa criança V.Ex a precisa menos cinqüenta anos de idade, ou então mais cinqüenta de reflexão."). Estava iniciada a Questão Coimbrã, ou Bom senso e Bom gosto. Essa querela entre antigos e novos vai até o ano 1871, quando acontecem as Conferências do Casino, uma tentativa de revolucionar, transformar a sociedade portuguesa e elevar Portugal ao mesmo nível das potencias européias, onde, entre outras coisas, apregoa-se uma reforma, uma transformação política, econômica, social e religiosa da sociedade portuguesa. Eça de Queiroz, que tinha participado apenas como espetador nas polêmicas da Questão Coimbrã, desta vez se coloca no centro da diatribe