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Filosofia
Peter Sloterdijk
Inicialmente, tratando-se das manifestações que ocorreram ao redor do mundo a partir da Primavera Árabe, o autor fala sobre os meios de comunicação e o seu constante exagero. Isso pode ser observado no caso dos protestos que ocorreram no Brasil em 2013, que reivindicavam o não aumento da tarifa. A onda de protestos foi amplamente divulgada pela mídia, sendo que no início era posto como casos de vandalismo e após os protestos ganharem uma maior força popular, a mídia mudou de posição e apoiou a causa. Isso mostrou como a mesma é manipuladora e tende ao exagero, divulgando aquilo que lhe cabe melhor. Nessa questão, ajusta-se o pensamento de Peter que afirma que a tecnologia avançada cria realidades híbridas, como exemplo o facebook e twitter (tecnologias avançadas), que possibilitam a divulgação do livre pensamento e com isso diferentes realidades, muitas vezes falsas. Em última análise, as mídias possuíram um papel importante na Arábia Saudita, por exemplo, já que as opiniões são reprimidas pela imprensa oficial. Já em seus livros "Ira e tempo" e "Crítica da razão cínica", pode-se relacionar duas questões que ele discute com as manifestações que vêm ocorrendo. A primeira é apresentada no segundo livro, no qual o autor afirma que estamos vivendo em uma "falsa consciência ilustrativa" e que passamos a viver sob o império de um "cinismo universal difuso", no qual os representantes de nossos ideais de liberdade (Estado) utilizam-se da mentira sob o disfarce do cinismo. Ou seja, tais manifestações são a demonstração de que se está saindo dessa falsa consciência e descobrindo que o Estado utiliza-se do monopólio da mentira e coage a todos. Como exemplo disso são os vários ditadores que permaneceram no governo dos países do Oriente Médio por décadas, e conseguiram isso através desse cinismo. Um último ponto é a Ira que o autor fala em seu livro "Ira e tempo", no qual ele diz que ocorre uma "revolução timótica" usando as sociedades modernas