Raízes brasileiras
Ao falar sobre a interação social não podemos deixar de abordar as contribuições que alguns autores trazem sobre este tema. Principalmente as contribuições de Vigotski, inserido num contexto político e social de grande efervescência na Rússia pós-revolução bolchevista, Vigotski busco fundamentar seus estudos sobre o funcionamento intelectual humano nos pressupostos marxistas então dominantes. Marques e Oliveira (2005, p.1). Na sua teoria histórica – cultural, essa perspectiva é pautada na construção do psiquismo humano, o autor pontua que o individuo se constitui como ser socialmente formado devido a sua relação direta com o ambiente social onde ele vive, via mediação semiótica, ou seja, é por meio da recepção e interiorização de diferentes sistemas de signos de comunicação entre os indivíduos, que vai existir a possibilidade da formação do sujeito como ser social, Peters (2006).
Rocha et. al (2009, p. 238) colocamos que “na teoria histórico – cultura, o ambiente social em que vivem os sujeitos é considerado por Vigotski o centro de sua teoria.”. Cabe ressaltar que o ambiente social para Vigotski é tudo aquilo que rodeia o indivíduo. Pois segundo ele é nesse ambiente onde ocorrem as trocas e as interações sociais recíprocas entre as pessoas, promovido pelas relações dialógicas dos indivíduos.
Vigotski em seus estudos se destacou ao trabalhar com a abordagem psicológica histórico-cultural, onde ele estabeleceu uma conexão entre o psiquismo humano e o ambiente social-cultural do sujeito, tentando um entendimento entre a formação do sujeito social com o ambiente cultural onde ele vive. Conforme Peters salienta,
Vigotski, ao estabelecer uma unidade de análise em seus estudos sobre o psiquismo humano, encontrou-a no significado da palavra. Originalmente partilhadas são singularizadas pelo sujeito á medida que este passa a utilizar os signos como elementos reguladores de suas ações.