raças de bovinos de corte
Desenvolvida em todos os Estados e ecossistemas do País, a pecuária de corte brasileira apresenta uma ampla gama de sistemas de produção. Estes variam desde uma pecuária extensiva, suportada por pastagens nativas e cultivadas de baixa produtividade e pouco uso de insumos, até uma pecuária dita intensiva, com pastagens de alta produtividade, suplementação alimentar em pasto e confinamento. Entretanto, qualquer que seja o sistema de produção, a atividade caracteriza-se pela predominância de uso de pastagens (CEZAR et al., 2005).
O Brasil, atualmente possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com aproximadamente 200 milhões de cabeças, criadas quase que em sua totalidade de maneira extensiva, a pasto, sem o uso de qualquer alimento suplementar, a não ser os minerais e da forma mais natural possível, integrando a atividade pecuária ao meio-ambiente, resultando, cada vez mais, em uma carne produzida de maneira sustentável, natural, buscando-se minimizar agressões à natureza (MEZZADRI, 2007).
Há um grande número de raças de bovinos que são usadas para produção de carne. Com base no dicionário organizado por Mason (1988) há aproximadamente mil raças de bovinos no mundo, das quais 250 têm alguma importância numérica. Dentre essas raças de corte, observamos as raças Simental e Fleckvieh
Visto isso, este trabalho tem por objetivo realizar uma revisão de literatura relacionada aos aspectos das raças Simental e Fleckvieh, destacando as suas origens, características raciais, índices zootécnicos e resultados de pesquisa.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Simental
A raça Simental tem origem na Suíça, na montanhosa região do vale do rio Simen, de onde é derivado o seu nome. O interesse econômico neste gado, logo ultrapassou as fronteiras suíças e mesmo com proibição do governo da Suíça impondo altas taxas para saídas, os países próximos, como a Áustria, Itália, França, bem como a Alemanha naturalizaram animais com genótipos Simental e assim desenvolveram