Raça e História
Para Gobineau, as grandes raças primitivas que formavam a humanidade nos seus primórdios - branca, amarela, negra - não eram só desiguais em valor absoluto, mas também diversas em suas atidos particulares.
Se esta originalidade existe relaciona-se com circunstâncias geográficas, históricas e sociológicas, não com aptidões distintas ligadas à constituição anatômica ou fisiológicas dos negros, dos amarelos ou dos brancos.
Diversidade das culturas
Com o efeito, o problema da diversidade não se põe apenas a propósito das culturas encarnadas nas suas relações recíprocas, existe no seio de cada sociedade, em todos os grupos que a constituem: classes, meios profissionais ou confessionais, etc., desenvolvem determinadas diferenças às quais cada uma delas atribui uma extrema importância.
O homem elabora culturas diferentes em virtude do seu afastamento geográfico, das propriedades particulares do meio e da ignorância em que se encontravam em relação ao resto da humanidade.
No texto “Raça e História”, escrito para a UNESCO, Lévi-Strauss dirige seu pensamento à diversidade cultural, elaborando sua teoria a partir de uma crítica ao evolucionismo. Para o autor, o evolucionismo ocorre porque o Ocidente vê a si mesmo como finalidade do desenvolvimento humano. Isso gera o
Etnocentrismo - ou seja, o Ocidente vê e analisa as outras culturas a partir de suas próprias categorias. É necessário que haja um esforço de relativização para não julgar as outras culturas através de nossa própria cultura. É preciso vê-las sem os pressupostos da nossa.
O etnocentrismo é comum a todas as culturas. Todas as sociedades veem as outras a partir de si mesmas.
Evolucionismo - é produto ocidental, não só o biológico, mas também aquele que o precedeu, isto é, o evolucionismo social. Quando Darwin formula a sua teoria, o evolucionismo social já existia.
Assim, o evolucionismo torna-se a primeira arma com a qual o Ocidente resolve investigar as diferenças