Raça e etinia
“descoberta” de novos grupos humanos como o africano, o asiático e principalmente o índio americano, proporcionou uma nova postura do europeu quanto a essa diversidade étnico-cultural. Diferentes hábitos e costumes variados forçaram os europeus há pensar um pouco mais sobre o papel desses grupos recém descobertos.
Foi no século XVI, com as grandes navegações o inicio do enfretamento do mundo europeu com esses novos grupos humanos (denominados de selvagens). A expansão marítima empurrou navegadores, comerciantes, administradores, aventureiros e religiosos para outros continentes descobrindo novas culturais além da compreensão européia. Cada um, a seu modo e tempo, descreveram a fauna, a flora do “Novo Mundo”. Essa imagem construída correu o imaginário coletivo europeu e ajudou a desenhar a arquitetura de uma nova ciência social, séculos depois, chamada Antropologia.
Antropologia (antropos, pessoa/homem; logos razão) foi a primeira ciência a estudar os hábitos e culturas de diferentes civilizações, necessariamente a compreensão do homem ou o “novo homem”. No início das grades navegações tivemos o que normalmente era chamada de antropologia Espontânea, pois estava alicerçada em narrativa e relatos (cartas, diários, relatórios), feitos por leigos (não cientistas) como missionários, viajantes, comerciantes, exploradores e administradores de terras; por exemplo, o relato da carta do escrivão Pero Vaz de Caminha descrevendo as formas dos nativos: Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mas que de sobrepente, de boa gravura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solopa, de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, qu e lhe cobria as