Ratos e aguardente

Quando expomos o nosso organismo ao álcool de uma maneira crônica, essa exposição pode resultar em “tolerância e dependência física, além disso, como o álcool afeta o sistema nervoso central, seu consumo pode resultar em comportamentos depressivos” (SOARES JKB), o que pouco se sabe é que “o álcool, quando metabolizado, fornece sete kcal/g, como estas calorias podem suprir em parte as necessidades energéticas diárias, não é incomum encontrar associação entre ingestão crônica de álcool e redução da ingestão alimentar” (SOARES JKB). Em teste realizado com 80 ratos machos adolescentes que foram induzidos ao consumo de aguardente, ao exercício físico de natação e restrição alimentar, Soares et. al. obtiveram resultados que constataram que “o exercício físico e a ingestão de bebida alcoólica aumentaram o consumo alimentar”. Os autores também destacam que “o consumo de etanol aumenta a preferencia por alimentos com auto teor lipídico” sendo observado que “as calorias fornecidas pelo álcool podem alterar o perfil dietético e o valor energético total ingerido diariamente pelo consumidor”. O que também foi observado por SOARES et. al. é que “pelo fato de fornecer 7 kcal/g quando metabolizado, o álcool supre o alimento da dieta de dependentes graves, acarretando um quadro de desnutrição” isso porque essas quilocalorias ingeridas “não contempla a adequada ingestão de nutrientes. Igualmente, diversos micronutrientes são utilizados para seu metabolismo, agravando mais este quadro”. Outro fato observado por SOARES et. al. é o aumento do risco cardiovascular, pois “este risco mostra-se explicito quando evidencia-se a elevada razão CT/HDL-c, um dos indicadores de risco cardiovascular” isso se deve a uma “redução da secreção de apoproteina-E a partir da exposição crônica ao etanol” e que por sua vez, pode “modificar a quantidade desta apoproteina na partícula de HDL-c e prejudicar o transporte reverso do colesterol” O fígado é o “órgão mais importante para o metabolismo do