ratinha vaidosa
Todas as manhas, a ratinha vaidosa varria as escadas de casa, enquanto cantarolava uma canção.
A ratinha gostava de ter a sua casa sempre limpa, pois além de vaidosa, era muito asseada. Estava tão entretida a varrer que quase não reparava na brilhante moeda caída no último degrau.
- Oh! - Exclamou a ratinha. – Hoje é o meu dia de sorte!
Recolheu a moeda e começou a pensar:
- O que é que eu poderia comprar com esta moeda? Não chega para um doce e muito menos para um vestido novo… Já sei o q eu vou fazer! Vou á loja do Sr. Barnabé!
O Sr. Barnabé tinha uma loja de tecidos e de artigos de retrosaria, com estantes cheias de carrinhos de linha de muitas cores, botões, colchetes e fecho. A ratinha vaidosa pousou a moeda sobre o balcão e perguntou:
- O que é que me pode vender por esta moeda, Sr. Barnabé?
O comerciante pensou um pouco e disse:
- Já sei! Acabei agora mesmo de receber uma fita de seda vermelha que é uma maravilha…
Mostrou a fita à ratinha que ficou logo encantada com o seu toque suave e a sua bonita cor:
- Levo-a! – Exclamou toda contente.
Quando chegou a casa, cortou a fita em três, e fez um lindo laço para o cabelo, outro para pôr à cinta e outro ainda para pôr a cauda. Assim enfeitada e com o seu bonito vestido estampado, a ratinha vaidosa estava mesmo elegante.
- Agora, vou com certeza encontrar um noivo! – disse ela entusiasmada.
E, sentando-se à porta de casa, ficou à espera. Ao vê-la tão bonita e tão alegre, logo se aproximou o primeiro pretendente, um ratinho com um ar bastante simpático.
- Gentil ratinha – disse o rato
– Casarias comigo se eu te pedisse?
A ratinha vaidosa olhou-o por cima do ombro e perguntou:
- Depende… O que é que farias á noite, quando chegasses do trabalho?
O ratinho saltou no ar várias vezes, dando guinchinhos de alegria. A ratinha, ofendida, despediu-o com um gesto de mão.
- Que horror! – exclamou.
- Não me casaria contigo por nada deste mundo!
Lá se foi o ratinho, com o coração