Rapido processo de envelhecimento
Laura L. Rodríguez Wong**
J. A. Carvalho***
Já são sentidos, no Brasil, os efeitos positivos da transição na estrutura etária
(TEE), por exemplo, nos serviços de saúde à infância e na educação. O crescimento diferenciado previsto para a população em idade ativa (PIA), nas próximas décadas, constitui uma nova janela de oportunidades. Com efeito, a combinação do segmento sênior da força de trabalho (idades 25 a 64) – que apresenta crescimento alto – com o segmento júnior (15 a 24 anos) – que registra taxas de crescimento muito baixas ou negativas – aponta para uma tendência de diminuição da pressão demográfica por empregos novos. A qualificação da futura força de trabalho torna-se componente imprescindível para um equilíbrio intergeracional, social e econômico, mais justo. Devido à TEE novos desafios emergem relacionados à expansão da população idosa. Se a atual transferência per capita do governo for mantida constante, a diferença entre receitas e despesas aumentará, provocando um insuportável déficit fiscal. A anunciada crise, causada pelo envelhecimento da população, e o atual sistema irracional previdenciário devem ser matéria de urgente discussão na sociedade brasileira.
É extremamente importante aproveitar as oportunidades geradas pela TEE e se preparar para enfrentar os novos desafios dela decorrentes.
Palavras-chave: Envelhecimento. Transição da estrutura etária. Políticas públicas. Janela demográfica de oportunidades.
Nota introdutória
O termo Transição da Estrutura Etária
(TEE), 1 cunhado inicialmente por Pool
(2000), engloba as mudanças produzidas pelo declínio da fecundidade e que se fazem sentir, depois, no tamanho relativo e absoluto das diversas coortes. Elas são mediadas pelas alterações nos padrões de sobrevivência e, em muitos casos, pelos fluxos migratórios. Este trabalho enfatiza a TEE
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