Rancho da maioridade
É de grande importância ao neocolonial a execução do Rancho da Maioridade bem como os outros monumentos do Caminho do Mar de Victor Dubugras, por se tratar de uma nova experimentação formal com arquitetura inspirada na arte tradicional brasileira. Dubugras já havia iniciado projetos de casas de inspiração tradicional brasileira em 1915, entretanto, a propagação das ideias de “sentimento nacionalista” se intensificaram com as comemorações do quarto centenário do descobrimento do Brasil com a serie de obras publicas de porte, dentre as quais o rancho da maioridade faz parte.
Segundo Aracy A. Amaral, o neocolonial na medida em que ao importado recente como estilo se incorporava nos detalhes, em sua maioria ornamentais, aquilo que podíamos chamar de “nosso” por ser de mais remota importação. Ou seja, apesar de importado, respondia a um desejo nacional e exigência do momento por meio desses mesmos detalhes.
Para Benedito lima de Toledo, a produtividade de Dubugras vinculada ao historicismo, não se detém no receituário de outras épocas e trouxe exemplares perfeitamente adaptados a seu programa e que revelam grande sensibilidade para o meio ambiente assinalando outra característica em sua produção: a organicidade.
Victor Dubugras, era uma grande inovador, e tinha divulgação maior de seus trabalhos por conta de seu pioneirismo e sensibilidade nas soluções para as obras públicas que realizou.
A difusão do Neocolonial em São Paulo, foi de propagação muito mais rápida, visto que naquele momento acrescia sua importância no cenário político-econômico nacional, onde foi maior a popularidade dessa vertente junto aos arquitetos. Nomes como Ricardo Severo, Victor Dubugras e José Washt Rodrigues teriam assim contribuído para o “enriquecimento” arquitetônico de São Paulo, atendendo as exigências de uma elite que, segundo a autora, queria se diferenciar dos “estrangeirismos” arquitetônicos dos palacetes cariocas.