ralaçoes raciais
A sociedade brasileira é constituída por diferentes grupos étnico-raciais que a caracterizam, em termos culturais, como uma das mais ricas do mundo. Entretanto, sua história é marcada por desigualdades e discriminações, especificamente contra negros e indígenas, impedindo, desta forma, seu pleno desenvolvimento econômico, político e social.
O Brasil é um país no qual há um altíssimo grau de miscigenação, é comum as pessoas pensarem que o racismo é algo ultrapassado ou superado. Que aqui no Brasil somos todos iguais e que todos têm as mesmas oportunidades de acesso às instituições de promoção da cidadania, como é o caso da escola. Mas será que isso é verdade?
Sabe-se que há uma clara relação entre a cor da pele e nível socioeconômico. Os negros ocupam as camadas mais baixas na pirâmide social e a explicação para isso não é falta de capacidade dos agentes, mas as poucas oportunidades e o racismo, que não está em um ou em outro indivíduo, mas na sociedade como um todo. O racismo faz parte da mentalidade da nação, está nas piadinhas, na naturalização das desigualdades, nos números de adoções realizadas de crianças brancas e negras (essas últimas são as que sofrem mais rejeição), na resistência de vários professores em trabalhar os temas relativos à cultura africana, etc. Por isso, dizemos que no Brasil o racismo é estrutural!
Então podemos nos perguntar, em que medida a escola pode contribuir para superar essa face vergonhosa da nossa história?
1) Primeiramente precisamos mudar o pensamento hegemônico de que vivemos numa sociedade de direitos e não de deveres. Os professores precisam ser parte da mudança que querem ver no mundo e para isso precisam compreender que há uma clara violação de direitos, principalmente da população negra.
2) A escola deve promover não só saberes, mas práticas educativas que promovam respeito à diversidade.
3) Inclusão no seu currículo de temáticas que discutam a diversidade sociocultural (gênero, raça,