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“Mamografia – Overview”
Cristina Almeida, Eugénia Arede, Sónia Costa e Susana Vieira, 2008
Introdução – O que é a mamografia?
A mamografia é um exame que tem como objectivo o estudo do tecido mamário, realizado com baixa dose de radiação ionizante (Raio X) [1,2]. É usada no diagnóstico de patologia da mama e é o exame mais adequado para o rastreio de cancro da mama, permitindo a detecção precoce da doença em pessoas sem sinais ou sintomas.
Apresenta uma elevada sensibilidade e especificidade e os seus benefícios quanto a uma descoberta precoce e tratamento do cancro de mama são muito significativos, sendo muito maiores do que o risco mínimo da radiação e o desconforto que algumas mulheres sentem aquando da compressão mamária durante o exame [2, 4]. Embora raramente, a mamografia também pode ser realizada em homens, quando estes apresentam aumento da glândula mamária. Porquê a compressão?
A compressão mamária é muito importante pois permite a diminuição da espessura da mama, para que todo o tecido seja visualizado. Este facto faz com que a dose de radiação necessária para a correcta visualização do exame seja menor, uma vez que incide sobre uma espessura menor de tecido. A radiação dispersa é também menor logo, há menor ruído na imagem como tal melhor contraste e consequentemente melhor qualidade da imagem. A compressão permite ainda a visualização de pequenas anormalidades devido à não sobreposição de tecido e reduz o aparecimento de artefactos de movimento devido à imobilização da mama.
A mamografia de rotina é sempre um exame bilateral e consiste em duas incidências a cada mama:
1.
Crânio-caudal (CC)
2.
Mediolateral oblíqua (MLO)
Figura 22 – A: Incidência Cranio-Caudal. B: Incidência
Mediolateral-obliqua
Figura 23 – A: Imagem crânio-caudal. B: imagem oblíqua.
Existem ainda incidências complementares para avaliação de situações específicas, que são efectuadas apenas