Radioisotopos

Radioisótopos: Conceito, Produção e Meia-vida

Jessé Miranda de Figueiredo Filho, Lucas Brás Barbosa, Paulo Eduardo Toscano Soares

Ciências Biológicas (Bach.), Universidade Federal da Paraíba, UFPB

O objetivo deste trabalho é definir radioisótopos, descrever como são produzidos e conceituar meia-vida radioativa. Radioisótopos são isótopos que uma vez formados apresentam uma instabilidade energética devido ao excesso de energia interna dentro de seu núcleo. Na busca por estabilidade emitem radiações de partículas alfa, beta e raios gama implicando na ocorrência de transmutações químicas. Isso ocorre porque o número de prótons no núcleo geralmente é alterado após uma transição nuclear, e um novo elemento químico surge com propriedades químicas diferentes. Esse processo é chamado de decaimento nuclear e continua ocorrendo até que o núcleo fique estável. Até lá, os componentes desse núcleo tenderão a se acomodar gradativamente em um estado de menor energia, emitindo partículas radioativas. Isso se dá por um processo chamado meia-vida, caracterizado pela redução do grau de instabilidade interna do núcleo periodicamente, onde passado o período de tempo equivalente ao de uma meia-vida de um dado radionuclídeo, metade do número total de núcleos radioativos terá sofrido uma desintegração nuclear. Radioisótopos estão em constante produção na superfície da terra naturalmente através de “Ventos Solares”, que transformam átomos de carbono em isótopos radioativos. De forma artificial, podem ser produzidos a partir de reatores nucleares ou aceleradores de partículas, através de fissão nuclear e pelo uso da energia cinética aplicada nas partículas, respectivamente. A utilização de radioisótopos está presente na produção de energia, na pesquisa laboratorial, na medicina nuclear, ou na indústria alimentícia. Apesar de gerar benefícios, a manipulação destes elementos apresenta grandes riscos à vida, como vistos nos acidentes em reatores nucleares (a exemplo de Chernobyl e,