Radioatividade é de todo má?!
Um fato a respeito da radioatividade: “descobriram-na” a partir do frenesi causado pela descoberta dos raios X. “Em 1895, o cientista Wilhelm Roentgen, na Universidade de Wurzburg (Alemanha), ao estudar descargas elétricas em gases sob baixa pressão, descobriu um tipo de raio capaz de tornar fluorescente ou fosforescente certas substâncias. Devido a sua natureza desconhecida, esses foram batizados de raios X” (disponível em: http://web.ccead.puc-rio.br). Roentgen apresentou sua descoberta e expôs a radiografia da mão de sua esposa. A utilidade dessa tecnologia ficou patente e no mundo foram instalados aparelhos de raios X para uso médico. Todavia, em pouco tempo foram descobertos os riscos de uma exposição excessiva aos raios X e, por exemplo, muitos dentistas perderam dedos pela simples prática de segurar os filmes dentro das bocas dos pacientes. Outros cientistas passaram a investigar esse fenômeno, o que acabou por trazer outras importantes contribuições. Uma delas foi dada por Henri Becquerel, em 1896, ao estudar a relação entre substâncias fosforescentes e os raios X: a observação de que certos sais de urânio geravam emissões que impressionavam filmes fotográficos, mesmo não tendo sido expostos previamente à luz, levou Becquerel a descobrir um novo tipo de raios penetrantes, os quais foram denominados emissões radioativas ou radioatividade. “Radioatividade é um fenômeno natural ou artificial, no qual certos átomos, denominados instáveis ou radioativos, decompõem-se espontaneamente. Essa decomposição decorre da relação entre o número de nêutrons e prótons presentes no núcleo do átomo e acaba levando à formação de átomos menores ou partículas subatômicas, além de liberar grande quantidade de energia” (Sacks, 2002), perdendo partículas alfa, beta ou raios gama. A humanidade convive no seu dia-a-dia com a radioatividade, seja através de fontes naturais de radiação (os elementos radioativos que existem na superfície