Radioatividade natural
I.I – Histórico
Após a descoberta dos raios X por Roetgen, os pesquisadores da época principiaram a seleção dos minerais que se tornavam luminescentes durante e após a exposição aos raios X.
Entre eles, Henry Becquerel, ilustre professor francês, estudava minuciosamente a fosforescência e fluorescência de amostras que recebia de várias partes de seu país, quando acabou descobrindo que um minério de Urânio (sal duplo de Urânio) emitia uma radiação capaz de impressionar uma chapa fotográfica, mesmo sem irradiação prévia.
Suas experiências (1896) levaram-no a afirmar que o urânio gozava da propriedade de emitir uma radiação penetrante, capaz de atravessar até corpos opacos à luz ordinária.
Entre aqueles que se interessaram pelo fenômeno, destacaram-se, na França, o casal Curie (Pierre e Marie), e na Inglaterra, em Manchester, o famoso grupo de "Sir Ernest Rutherford", do qual fazia parte o pesquisador Soddy.
Dois anos após a descoberta desse fenômeno (em 1898, portanto), o casal Curie já anunciava mais duas espécies que emitiam também radiações penetrantes: o polônio e o rádio.
Deve-se ao casal Curie a denominação "radioatividade" (também chamada no Brasil de Radiatividade), propriedade que a substância apresenta de emitir as tais radiações penetrantes e, mais ainda, a verificação experimental de que a radiatividade independe das condições físico-químicas da substância.
No início do século passado (1903), sem conhecimento da estrutura do átomo, o grupo de Manchester estabeleceu três postulados capazes de justificar a radiatividade e a transmutação espontânea dos elementos. São eles:
• Os elementos radioativos transmutam-se espontaneamente de uma espécie química para outra diferente;
• A transmutação ocorre simultaneamente com a emissão de radiações penetrantes;
• A radiatividade é um processo de caráter subatômico, com origem no íntimo do átomo.
Não há necessidade de ressaltar a intuição científica de Rutherford e