Radio
O rádio comercial desponta a partir da legalização da publicidade, em 1932. Desde então, as emissoras começaram a se organizar como empresas capitalistas. Com o crescimento da indústria e do comércio. O número de propagandas veiculadas aumentam e o rádio transforma-se num negócio cada vez mais lucrativo. Surgem os anúncios cantados, os jingles, que revolucionaram a propaganda radiofônica. Na década de 30 são criadas várias, entre elas, a Rádio Record, de São Paulo (1931), a rádio Nacional, do Rio de Janeiro "a primeira grande emissora do país" e a Rádio Tupi (1937), de São Paulo.
Nessa época, o rádio vai aos poucos abandonando seu perfil educativo e elitista para firmar-se como um meio popular de comunicação. A linguagem é modificada, tornando-se mais direta e de fácil entendimento. As programações diversificam-se e são melhor organizadas, atraindo o grande público. Nos anos 30 e 40 aparecem os grandes programas de música popular e, junto com eles, os ídolos como Carmem Miranda, Linda Batista e Orlando Silva. Surgem também os programas de humor, de auditório que contam com a participação do público e são instituídos em 1935 pelas rádios Kosmos e América e surge também as novelas. A primeira delas é Em Busca da Felicidade (1941), da Rádio Nacional. A mesma rádio lança, em plena Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), o Repórter Esso (1941), que inaugura o radiojornalismo brasileiro. As técnicas introduzidas por ele, frases curtas e objetivas, agilidade, instantaneidade e seleção cuidadosa das notícias são empregadas até hoje na maioria dos jornais falados.
O rádio entrava então na sua segunda fase. Já não eram os locutores a principal atração, e sim os cantores, que agora exclusivos de uma estação, tinham um programa semanal. A nacional encheu com Francisco Alves, Orlando Silva, as Irmãs Baptistas, As Três Marias, Linda Batista, Nuno Rolando, Manezinho Araújo, Nelson Gonçalves e tantos outros nomes de valor. Na Mayrink, Carlos Galhardo e