Radio escolar
Mário Braga Corrêa
As propostas atuais de implantação de rádio escolares não seriam possíveis sem o esforço de grandes cientistas do passado. O início do Século XIX proporcionou a toda humanidade um dos maiores inventos de sua história, o rádio. Desde Faraday 1 até Marconi 2, outros tantos gênios, contribuíram para o surgimento daquele que viria a ser o mais difundido de todos os aparelhos eletro-eletrônicos. Muitos foram os esforços até a primeira transmissão da voz humana, via rádio, culminando com a inauguração da primeira emissora de rádio na Inglaterra, em 1922. Neste mesmo ano, chegou ao Brasil (Piraja, 2008). E aqui, diversas personalidades confirmaram a sua importância. Abelardo Barbosa (Chacrinha), Carlos Drumond de Andrade, Juscelino Kubitscheck entre outros tiveram seus depoimentos registrados pelo rádio quando disseram se tratar de um grande meio de comunicação e que serviria a muitos propósitos, desde noticiários até entretenimentos, conforme narrou Castro (2008). Mas, sobretudo, a rádio teve e tem o seu principal papel social, que é o de comunicar.
Comunicação é uma forma de ação (Thompson, 2011, p. 3). A partir desta afirmação, pode-se entender o quão necessário seria implantar uma rádio em um ambiente escolar. Hoje, o poder da comunicação não se resume, apenas, em descrever e relatar dados e fatos. O seu caráter social já transpõe barreiras, outrora, inimagináveis. Independente da posição que um indivíduo ocupa, quer seja em ambientes estudantil ou de trabalho, ele é um ser ativo e tem interesse pelas situações que o atingem, direta ou indiretamente. E se existem poderes em outras esferas (executivo, legislativo e judiciário), deve-se ter, na comunicação, um novo e poderoso poder. Mas que não seja entendido como forma de manipulação das massas, mas sim, como um novo instrumento de discussão, apropriação e difusão do conhecimento. E como tal, a rádio é uma excelente mídia que transmite cultura, sabedoria e informação